sexta-feira, 15 de setembro de 2017

A Sociedade Feminina Anti-Escravidão da Filadélfia

Lucretia Mott foi uma quacre americana, abolicionista e ativista pelos direitos das mulheres. É considerada uma das primeiras mulheres a desempenhar o ativismo. Era prima de Benjamin Franklin. Como quacre, considerava a escravidão uma forma vil e podre da sociedade. Ela, juntamente com uma mulher negra, fundaram a Philadelphia Female Anti-Slavery Society. Os historiadores frequentemente citam a PFASS como uma das poucas sociedades anti-escravidão racialmente integradas antes da guerra civil, rara até mesmo entre as sociedades femininas anti-escravidão.

A abolicionista mais conhecida que participava dessa organização era, como citada, Lucretia Mott. Angelina Grimké, uma destacada abolicionista feminina, também se juntou à organização. As mulheres eram na sua maioria quacres. O historiador Jean R. Soderlund diz que treze das dezessete fundadoras eram quacres conservadoras[1].

As mulheres negras libertas ajudaram a organizar a sociedade também. Entre as mais proeminentes incluíram Grace Bustill Douglass e Sarah Mapps Douglass, Hetty Reckless e Charlotte Forten (esposa do notável abolicionista James Forten) e suas filhas, Harriet, Sarah e Margaretta. Essas mulheres representavam a elite afro-americana da cidade.

Quacres e o Prêmio Nobel da Paz de 1947

Por Gunnar Jahn

O Comitê Nobel do Parlamento Norueguês concedeu o Prêmio Nobel da Paz deste ano aos quacres, representados por suas duas grandes organizações de socorro: Friends Service Council em Londres e American Friends Service Committee na Filadélfia.

Já faz trezentos anos desde que George Fox fundou a Sociedade Religiosa dos Amigos. Foi durante o tempo da guerra civil na Inglaterra, um período cheio de conflitos religiosos e políticos que levaram ao Protetorado de Cromwell - hoje, sem dúvida, nós chamaríamos de ditadura. O que aconteceu então foi o que muitas vezes acontece quando um movimento político ou religioso é bem sucedido: perdeu-se a preocupação original: o direito à liberdade. Pois, tendo alcançado o poder, o movimento então se recusou a conceder aos outros as coisas pelas quais lutaram. Tal foi o caso dos presbiterianos e depois deles os independentes. Não foi o espírito de tolerância e a humanidade que emergiram vitoriosos.

George Fox e muitos de seus seguidores experimentaram isso durante os anos seguintes, mas eles não aceitaram a luta armada, como costumam fazer os homens. Eles seguiram o caminho silenciosamente porque se opunham a todas as formas de violência. Os quacres acreditavam que as armas espirituais prevaleceriam no longo prazo - uma crença nascida da experiência interna. Eles enfatizaram a própria vida particular porque as teorias e dogmas nunca foram importantes para eles. Os quacres, portanto, desde o início foram uma comunidade sem organização fixa. Isso lhes deu uma força interior e uma visão mais livre da humanidade, uma maior tolerância em relação aos outros do que é encontrada na maioria das comunidades religiosas organizadas.

Biblical Arguments Against Nationalism

Nationalism is an ideology that emphasizes the pride of belonging to a particular country, incorporating the feeling of love exacerbated by ethnicity and national history. In the past, many extremist groups, taking advantage of the weakness and instability of their countries shortly after World War I, founded authoritarian party movements that sought to regain the prestige of a once unified and stable society.

Aiming at this purpose, the construction of national myths began, as well as the rescue of historical figures. The idea of ​​nationalism gained prominence mainly in fascist Italy and Hitler's Germany. As a consequence of the economic collapse of their respective countries, these leaders appealed to the masses through a strategy of social domination. Then came gangs that preached violence as a form of political action, resembling communist revolutionaries, albeit for different purposes. Karl Marx himself would say that violence is the midwife of history.

However, Sacred Scripture does not support this kind of thinking, which has often put Christians in active conflict against one another. Some biblical passages clearly show the incompatibility between nationalism and Christianity.

Argumentos bíblicos contra o nacionalismo

O nacionalismo é uma ideologia que enfatiza o orgulho de pertencer a um determinado país, incorporando o sentimento de amor exacerbado pela etnia e história nacional. No passado, muitos grupos extremistas, aproveitando-se da fraqueza e instabilidade de seus países logo após a Primeira Guerra Mundial, fundaram movimentos partidários de teor autoritário que buscavam recuperar o prestígio de uma sociedade outrora unificada e estável. 

Visando essa finalidade iniciou-se a construção de mitos nacionais, bem como o resgate de figuras históricas. A ideia de nacionalismo ganhou relevo principalmente na Itália fascista e na Alemanha de Hitler. Por consequência do colapso econômico de seus respectivos países, esses líderes apelavam para as massas por meio de uma estratégia de dominação social. Surgia então gangues que pregavam a violência como forma de ação política, se assemelhando com os revolucionários comunistas, embora com propósitos distintos. O mesmo Karl Marx diria que a violência é a parteira da história.

No entanto a Sagrada Escritura não sustenta esse tipo de pensamento, que muitas vezes colocou cristãos em ativo conflito uns contra os outros. Algumas passagens bíblicas que mostra com clareza a incompatibilidade entre o nacionalismo e cristianismo.

Cristianismo, quacres, abolicionismo e escravidão

A campanha abolicionista na Grã-Bretanha foi iniciada pela Sociedade Religiosa dos Amigos. Os quacres acreditam que todas as pessoas são criadas iguais aos olhos de Deus. Neste caso, como pode uma pessoa ser considerada uma propriedade da outra? A oposição quacre inicia-se em 1657, quando seu fundador, George Fox, escreveu para os quacres de outras partes do mundo que tinham escravos indígenas e negros para lembrar-se da crença quacre de igualdade. Ele depois visitou Barbados. Na sua pregação, exigiu um melhor tratamento para pessoas escravizadas, sendo o texto publicado em Londres em 1676 sob o título de Ordem da Família do Evangelho. Segundo Fox:
"Agora eu digo, se essa fosse as vossas condições [de escravidão], vocês pensariam que é uma medida difícil, sim, e uma grande crueldade. E, portanto, considerem seriamente isso. Façam vocês por e para eles [escravos] como vocês gostariam que fizessem para si mesmos ou outro qualquer fizessem para vocês se estivessem em uma condição de escravidão."
Por volta de 1727, os quacres começaram a expressar sua oficial desaprovação ao comércio de escravos e sugeriram reformas. Em meados de 1750, um grande número de quacres nas colônias americanas começaram a se opôr a escravização. Eles visitaram proprietários de escravos e pressionaram autoridades inglesas para a ação. Em 1761, os quacres tinham visto a abolição como um dever cristão e todos os quacres, dos dois lados do Atlântico, eram impedidos de possuir escravos. Todos os membros que não se conformaram eram censurados.